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Tendências de consumo para 2021

  • Foto do escritor: Artifício Comunicação
    Artifício Comunicação
  • 28 de jul. de 2020
  • 5 min de leitura

De acordo com report realizado por líder de tendências, no próximo ano empatia, cocriação e facilidade digital serão as prioridades


A WGSN divulgou um report sobre o consumidor do futuro 2021, tendo em consideração os novos comportamentos decorrentes da pandemia do coronavírus.


O documento, analisa os principais elementos propulsores macroeconômicos e sociais para entender como os desejos e o poder de compra dos consumidores vão evoluir.


O primeiro elemento propulsor apresentado é o planeta. Há muito tempo se fala do consumo responsável, mas esse finalmente começa a ser um interesse genuíno dos consumidores, que passaram a procurar por produtos e processos sustentáveis, fazendo com que a redução da quantidade de matéria-prima usada nas cadeias de suprimento seja objeto de atenção.


Avalia-se que a economia circular represente uma oportunidade de um trilhão de dólares, e as marcas que já estejam planejando, pesquisando e inovando agora irão atrair os consumidores mais conscientes com relação aos impactos ambientais. Em setembro de 2018, a Missão de Economia Circular da União Europeia enviada à Índia descobriu que a redução do uso de recursos naturais poderia “gerar US$ 0,5 trilhão para o país até 2030”.


A gentrificação do clima é uma crescente preocupação. No segmento imobiliário, as inundações e o calor intenso já redefinem o panorama nas cidades afetadas pelas mudanças climáticas. Essas mudanças já impactam o bem-estar das pessoas. Devido às incertezas políticas e econômicas dos últimos anos, psicólogos e profissionais de saúde mental já apontam as mudanças climáticas como causa de estresse e ansiedade.


O segundo elemento propulsor apresentado são as pessoas. O estudo acredita que haverá uma maior polarização da renda, com o encolhimento do poder aquisitivo da classe média nos países economicamente desenvolvidos. A população cada vez mais velha e o constante aumento da automação irão continuar a restringir o poder aquisitivo e limitar a confiança do consumidor. Em muitos países, a população está vivendo mais e as taxas de natalidade estão caindo. Esse cenário começa a criar um conflito geracional, já que os jovens precisam arcar com custos públicos cada vez maiores para garantir assistência aos idosos.


A confiança da China em assumir a liderança mundial em tecnologia e criação de marcas vai continuar crescendo, aumentando a influência do gigante asiático. Essa confiança deve turbinar as empresas chinesas e levar à criação de marcas voltadas para o mercado local. À medida que os consumidores chineses ficam mais satisfeitos com as opções à disposição, as marcas estrangeiras terão que repensar sua abordagem de mercado, colocando a velocidade e a inovação no centro das propostas.


A partir desses dois propulsores, a WGSN encontrou 3 tipos de consumidores emergindo e mostra como as marcas podem se alinhar e engajar com esses clientes: os compressionalistas, os guardiões da empatia e os criadores de mercado.

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Os compressionalistas


Os compressionalistas são pessoas de todas as idades, que estão exaustas e sob pressão. Esse é um grupo que precisa de marcas que os ajudem a melhorar as suas vidas. São pessoas que tem medo do fracasso, são perfeccionistas, ansiosos, distraídos e procrastinadores. Sofrem com a síndrome do super-homem, estão sempre conectados e com tempo escasso.


Como podemos engajar com esse grupo? Facilitando a experiência digital e simplificando a experiência de compra. Ferramentas:


1. E-commerce simples e organizado: investir em uma ferramenta descomplicada é tão importante quanto otimizar as ferramentas de busca. Evite sites e ambientes visualmente sobrecarregados e lembre-se que quanto mais a marca simplificar e facilitar o processo de compra, maior a probabilidade de ele ser concluído.


2. Ajuda da IA: seja o registro de patentes da Amazon para transformar ônibus públicos em unidades móveis de entrega ou a parceria da Starbucks com a Uber Eats para fornecer bebidas quentes em menos de 30 minutos, a IA está transformando o conceito de agilidade. Em 2021, a próxima fronteira a ser desbravada será o uso de dados para criar soluções de compra que não causem estresse. Vale lembrar que desde o início deste mês já temos no Brasil o Programe e Poupe, da Amazon.


3. Venda direta ao consumidor: estratégia centrada na ideia de que “mais produtos equivalem a mais vendas” vem afastando o consumidor, que hoje se sente cada vez mais sobrecarregado pelo excesso de opções. As marcas que vendem direto ao consumidor adotam uma mentalidade diferente, voltada para a ideia de que “menos significa mais”, disponibilizando um número menor de unidades de manutenção de estoque, que é suficiente para satisfazer à demanda e garantir a exclusividade.


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Os guardiões da empatia


Eles querem diminuir essas distâncias por meio de ações discretas, do desenvolvimento de novas comunidades e do rompimento da própria bolha. Lutam contra a propagação de ódio. São generosos, éticos,morais, inclusivos, responsáveis. solidários e bons ouvintes. Empreendedores discretos, são capazes de perdoar, defendem o meio ambiente e bons líderes.


Como engajar com esse grupo? Com ações cotidianas de generosidade por parte das marcas. Ferramentas:



1. Humildade intelectual: as marcas que admitirem as próprias falhas ganharão pontos com os ‘guardiões da empatia’. Uma pesquisa realizada em 2018 pela consultoria Accenture apontou que 48% dos consumidores americanos que se sentem desapontados por declarações ou ações de uma marca em relação a um tema social estão reclamando abertamente sobre isso. As pessoas tendem a ser mais compreensivas quando uma empresa é transparente ou se desculpa publicamente. Lembre-se: não abordar um problema deixou de ser uma solução viável.


2. Empatia como indicador de desempenho: à medida que o marketing de massa perde espaço para o marketing com propósito, as empresas precisam investir em iniciativas de longo prazo e não em doações pontuais. Isso significa que elas devem constantemente comunicar aos consumidores suas parcerias e manter a transparência a respeito de seus fundos e recursos. O estudo ‘Brand Purpose’ realizado em 2018 pela consultoria Accenture apontou que 42% dos consumidores deixam de usar uma marca caso se decepcionem com suas ações.


3. Pessoas acima dos lucros: isso pode ser arriscado mas tem o poder de fidelizar os clientes que compartilham dos mesmos valores da marca.

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Os criadores de mercado


Os consumidores da Índia, África e do Sudeste da Ásia vêm sentindo uma onda de otimismo que deverá resultar em mudanças sociais e políticas. Empreendedores e conquistadores, os criadores de mercado são ativos e criam as suas próprias oportunidades. São autoconfiantes, ativos, entusiasmados, independentes, inovadores e não conformistas. Como engajar com esse grupo? Cocriação


1. D2C se transforma em P2P: as marcas que vendem direto ao consumidor (D2C) estão trabalhando junto a ele para criar espaços de venda direta Peer-to-peer.


2. Mercados do terceiro espaço: “Os adultos ficam nos perguntando por que nós adolescentes não vamos mais aos shoppings centers. Nós vamos sim. Eles é quem não estão mais indo aos shoppings centers”, diz uma menina de 16 anos, participante da pesquisa focal em grupo feita pela WGSN. Os shoppings em questão são terceiros espaços, um universo online onde adolescentes e crianças passam tempo nos intervalos entre a vida doméstica e a profissional ou escolar. Para as gerações mais jovens, não existe fronteira entre o mundo físico e virtual e esses “terceiros espaços” estão prontos para engajá-los.


3. Cadeia de suprimento reversa cresce e se simplifica: o comércio de revenda continua a ganhar participação de mercado sobre o comércio tradicional fazendo até com que a Amazon entre no setor de revenda. A empresa tem vendido itens devolvidos em plataformas de descontos como a Liquidation. com, que por sua vez, leiloam uma gama de produtos aos consumidores, que os renegociam em sites de revenda.


Sua marca está preparada para atender às necessidades de 2021?


Imagens: Freepik


 
 
 

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