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O lançamento da plataforma de auto-serviço do TikTok

  • Foto do escritor: Artifício Comunicação
    Artifício Comunicação
  • 13 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de ago. de 2020

Anunciar em uma plataforma que tem mais de 800 milhões de usuários ativos e que não para de crescer parece tentador. Mas vale?

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Recentemente o TikTok abriu sua plataforma para um modelo de publicidade self-service, ou seja, compra de anúncios para qualquer empresa. Basta entrar e anunciar. A novidade chega em meio a um período de tensão crescente para o Facebook, já que diversas marcas vêm boicotando a plataforma e aderindo à campanha "Stop Hate for Profit", que cobra o controle da disseminação de publicações com discurso de ódio e desinformação.


Não bastasse, o TikTok disponibilizou 100 milhões de dólares em créditos publicitários para pequenas e médias empresas - os principais constituintes da publicidade do Facebook. Empresas de 18 países, tiveram direito ao bônus para experimentarem a TikTok pela primeira vez e fazer parte da ação "Back to Business" que visa para ajudar as empresas afetadas pela crise do coronavírus.


Cupons gratuitos para novos clientes não são incomuns no espaço publicitário online. O próprio Facebook, em março, prometeu US$ 100 milhões em doações de créditos publicitários para pequenas empresas em mais de 30 países para ajudá-las a resistir à pandemia. Entretanto, até o dia 09 de julho, a plataforma ainda estava trabalhando quais seriam os critérios de elegibilidade para 94% dos 36 países listados na página do programa de subsídios.


Mas será que vale a pena redirecionas parte dos investimentos em campanhas digitais da empresa para o TikTok?


Embora o aplicativo da rede social tenha atingido a marca de dois bilhões de downloads no mundo, com 800 milhões de usuários ativos vale ressaltar que o Facebook e o TikTok não são plataformas semelhantes. Se por um lado o TikTok oferece engajamento por parte do público, por outro as opções de direcionamento e medição da plataforma ainda são incipientes, além das incertezas permanecem em torno da qualidade de seus dados e a segurança dos dados dos usuários. Já o Facebook oferece uma plataforma de análise de audiência estruturada, além de insights interessantes sobre o público da sua página.


Claro que o formato de um anúncio de vídeo em tela cheia, associado a "desafios" e tendências de dança pode ser muito mais atrativo (embora trabalhoso) do que os anúncios estáticos ou menos interativos oferecidos pelo Facebook. Outro fator que pode atrair o anunciante é que 40% dos usuários do TikTok não estão no Facebook.


Porém é importante ter em mente dois pontos:

1 – Segundo pesquisa da Infobase Interativa 41% do público do TikTok tem entre 16 e 24 anos. Ou seja, se esse não é o público alvo da empresa, não seja tão interessante investir na plataforma.

2 – Com a opção de cada empresa gerar seus próprios anúncios, em um sistema self-service, apresenta o risco do crescimento da disseminação de discursos de ódio e desinformação, justamente o que as demais redes sociais estão tentando conter agora.


Vários governos em todo o mundo têm expressado sua preocupação com a possibilidade de a ByteDance, empresa por trás do TikTok, compartilhar os dados de seus usuários com o governo chinês. A Índia, por exemplo, proibiu a plataforma no país - juntamente com dezenas de outros aplicativos chineses. Já nos EUA, o Secretário de Estado americano Mike Pompeo disse em uma entrevista que os EUA estão avaliando a proibição do TikTok e de outros aplicativos de mídia social chinesa.


A plataforma já afirmou que nunca compartilhou dados de usuários com o governo chinês e que não o faria mesmo que fosse solicitada. Preocupada com essa dificuldade que tem enfrentado no mercado, a ByteDance contratou recentemente o ex-executivo da Disney Kevin Mayer como diretor executivo do TikTok. Além disso, a empresa vem considerando mudar a estrutura corporativa da plataforma para os EUA.


Enfim, na ânsia de participar, ver e ser visto, as empresas devem levara em consideração que cuidados precisam ser tomados. Editar e publicar microvídeos criativos não significa consciência dos efeitos e consequências que o compartilhamento desses materiais pode ter e tão pouco um retorno financeiro esperado.

Fonte: Digiday


Imagem: Freepik


 
 
 

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